A partir desta segunda-feira, 20 de junho, e até dia 30 de setembro, 10 desempregados vão trabalhar na vigia e prevenção de incêndios florestais no concelho de Vila Nova de Famalicão. A medida foi apresentada na passada quinta-feira à tarde, na conferência de imprensa de apresentação do Programa Municipal de Prevenção de Incêndios Florestais.
Sem emprego há quase três anos e natural da freguesia de Calendário, Guilherme Pereira vai participar pelo terceiro ano consecutivo no programa da autarquia. “Sou membro do quadro de honra dos Bombeiros Voluntários de Famalicão e candidato-me sempre a este trabalho porque, como se costuma dizer, o sangue ainda me corre nas veias”, explicou.
Guilherme espera que este ano seja igual ou melhor que 2015 e deixa um conselho para quem agora se estreia nestas andanças. “É um trabalho que exige cabeça fria e muita calma para se conseguir lidar da melhor forma com as situações que vão surgindo”.
De resto, refira-se que face a anos anteriores, e por força de novas orientações e regras do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), o número de desempregados contratados pela autarquia é menor, o que levou a Câmara Municipal a elaborar um protocolo de cooperação com os três corpos de Bombeiros Voluntários do concelho de forma a assegurar o funcionamento da equipa de vigilância durante os fins-de-semana.
O vice-presidente e também responsável pelo pelouro da Proteção Civil da autarquia, Ricardo Mendes, não tem dúvidas de que com este dispositivo o Município de Famalicão está preparado para enfrentar o período crítico de risco de incêndio. O responsável autárquico destacou ainda o cuidado, cada vez maior, dos proprietários na limpeza dos terrenos e lembrou que nenhum famalicense pode ficar de fora deste processo. “Todo o cuidado é pouco e Famalicão sem fogos depende também da adoção de uma postura vigilante por parte de todos os famalicenses”.
Refira-se que os vigilantes, contratados através da "Medida Contrato de Emprego Inserção" do IEFP, irão receber, por mês, uma bolsa no valor de 83.84 euros, um subsídio de alimentação que ronda os 90 euros e um subsídio de transporte, que varia de acordo com a morada de residência de cada um, mas cuja média ronda os 50 euros. Os valores são suportados pela Câmara Municipal e acrescem ao subsídio de desemprego de cada um.
O esquema de vigilância engloba 3 equipas de vigilância móvel de 2 elementos cada. Os restantes elementos afetos à vigilância fixa ficam nos postos de vigia de Santa Catarina na união das freguesias de Vila Nova de Famalicão e Calendário; Monte do Xisto na união das freguesias de Lemenhe, Mouquim e Jesufrei e ainda no posto de vigia de Santa Cristina, na freguesia de Requião.
Para além da preciosa ajuda destes 10 desempregados e das Corporações de Bombeiros do concelho, o Programa Municipal de Prevenção de Incêndios Florestais conta também com o trabalho e empenho da Guarda Nacional Republicana, da Polícia Municipal, que colabora nas ações de fiscalização a queimas e vigilância, e ainda dos Sapadores Florestais que para além da missão de vigilância colaboram nas ações de combate e rescaldo, quando acionados mecanismos legais para o efeito.