O executivo municipal de Vila Nova de Famalicão aprovou, por unanimidade, um voto de solidariedade para com os trabalhadores da Ricon que viram os seus contratos de trabalho interrompidos na sequência do encerramento da empresa. Simultaneamente a autarquia famalicense expressou publicamente a gratidão e apreço às empresas famalicenses que “manifestaram de imediato e na sequência do anunciado despedimento coletivo”, disponibilidade para acolher parte desses trabalhadores. A proposta apresentada pelo Presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, foi debatida e aprovada durante a reunião do executivo municipal desta quinta-feira.
O documento surge na sequência dos desenvolvimentos da última semana com várias empresas a contactarem o programa de promoção económica da autarquia e de apoio à atividade empresarial, o Famalicão Made IN, manifestando a sua disponibilidade e necessidade no preenchimento de novos postos de trabalho.
Neste momento são já 400 os postos de trabalho disponibilizados por cerca de três dezenas de empresas famalicenses, mais de 70 por cento deles ligados ao sector têxtil. “É um sinal do reconhecimento por parte dos empresários de Vila Nova de Famalicão da qualidade e do valor dos recursos humanos que trabalhavam na Ricon e por outro lado sinal da pujança económica e indústria de Vila Nova de Famalicão no caso particular do sector têxtil que tem vindo a bater recordes atrás de recordes ao nível das exportações”.
Esta bolsa de empregos está já na posse o Centro de Emprego de Vila Nova de Famalicão que está a a gerir o processo do desemprego criado na sequência da declaração de insolência do grupo Ricon. Entretanto, o presidente da Câmara Municipal em declarações aos jornalistas no final da reunião de câmara adiantou que o município está a trabalhar também no sentido de valorizar a unidade industrial que fechou e a sua capacidade instalada, tendo adiantado que “já existem interessados numa eventual aquisição ou aluguer das instalações”.
Da proposta aprovada pela autarquia surge ainda uma recomendação ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social para a “urgência na cobertura deste processo com o objetivo de assegurar todos os direitos aos trabalhadores despedidos.”