A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão acaba de ver aprovada a candidatura da adesão da Ponte da Lagoncinha, na freguesia de Lousado, à Rota do Românico – Ave, integrando assim este importante roteiro turístico de património arquitetónico da região. No âmbito da candidatura foi também aprovado o financiamento de um conjunto de obras de conservação e valorização da ponte, que deverão arrancar até ao final deste ano.
“É uma ótima notícia para Vila Nova de Famalicão e para a promoção do nosso património arquitetónico”, afirma a propósito o presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha. “A aprovação desta candidatura permite-nos avançar de imediato com as obras de recuperação da Ponte da Lagoncinha, assegurando a sua rápida salvaguarda de modo a proporcionar as condições adequadas para a sua fruição por visitantes e turistas”, acrescenta o autarca.
A intervenção que implica um investimento total de cerca de 154 mil euros conta com cofinanciamento de cerca de 128 mil euros, pelo Programa Operacional Regional do Norte – Norte 2020, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).
Com uma duração prevista de 6 meses, o programa de intervenção integra o tratamento e limpeza das cantarias em granito, o restauro e nivelamento do tabuleiro da ponte com pendentes para a drenagem das águas pluviais e consolidações estruturais e pontuais de fissuras existentes nos paramentos e intradorso do tabuleiro da ponte.
No fundo, pretende-se, por um lado, eliminar os fatores de risco e de degradação infraestrutural e melhorar as condições de segurança e, por outro, proteger e salvaguardar os elementos patrimoniais e melhorar as condições de fruição.
Refira-se que a Rota do Românico criada, em 1998, no seio dos concelhos que integram a VALSOUSA - Associação de Municípios do Vale do Sousa - e ampliada, em 2010, aos restantes municípios da NUT III – Tâmega e Sousa, e posteriormente ao Douro, foi recentemente alargada ao território da CIM do Ave através da investigação e validação dos bens patrimoniais do românico no Ave. Este alargamento da Rota implica um estudo e inventariação aprofundada de cada imóvel, validando o seu valor artístico e histórico, e organizando as bases de informação para posteriores conteúdos de promoção e divulgação.
Até 2018, pretende-se reunir as condições para a candidatura da Rota do Românico à Lista Indicativa de Bens Portugueses a Património Mundial, Cultural e Natural da Unesco.