“Mais do que revisitar um período da história ou celebrar uma efeméride, comemorar Abril significa dar continuidade a um movimento genuíno de uma nação que quis que todos os dias continuássemos a trabalhar pelo bem coletivo”. Esta foi uma das principais ideias deixadas esta terça-feira, nas comemorações do 43.º aniversário do 25 de abril, pelo presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Paulo Cunha. O autarca que abriu a sessão solene comemorativa fez um paralelo entre “aquilo que somos hoje e aquilo que queríamos ser há 43 anos”, salientando o poder local como “uma das maiores conquistas do 25 de Abril”.
“O poder local é o poder das pessoas, é aquele que está próximo, que percebe as preocupações e as ansiedades, não é o poder da folha de excel, nem das siglas, aquele que está distante”, destacava Paulo Cunha, reforçando o trabalho realizado pelos autarcas ao longo destes 43 anos. “O 25 de abril representou acima de tudo um movimento de uma nação que se uniu em torno de três objetivos: descolonizar, democratizar e desenvolver”, afirmou, salientando que “democratizar e desenvolver exige um trabalho diário e rigoroso”.
Neste âmbito, Paulo Cunha aproveitou para sublinhar “o trabalho desenvolvido não só ao nível das estruturas físicas, mas também na capacitação das cidades, na educação e qualificação dos cidadãos, através da cultura e do conhecimento, tornando a comunidade melhor preparada e formada para enfrentar os desafios”.
A sessão solene da Assembleia Municipal foi presidida pelo Presidente da Assembleia Municipal de Vila Nova de Famalicão, Nuno Melo, e contou com intervenção de representantes de todos os partidos políticos com estrutura concelhia – PSD, CDS, PS, BE e CDU.
O momento que teve pela primeira vez transmissão em direto online através do site do município, lotou o salão nobre, com várias dezenas de pessoas a juntarem-se a este momento simbólico. Isso mesmo foi enfatizado pelo presidente da Assembleia Municipal, Nuno Melo, que se mostrou muito satisfeito com a participação cívica dos famalicenses.
O eurodeputado que encerrou a sessão aproveitou ainda para realçar que comemorar Abril tem que ser “mais do que a repetição de 43 discursos” lidos ao longo dos anos. E incitou: “Façamos de Abril pertença e vivença”.
A sua intervenção ficou ainda marcada pelo alerta para os perigos de se dar “a tolerância, a paz e a democracia como valores adquiridos”.