A Escola de hoje não valoriza as competências não formais, não existindo uma articulação entre os aspetos formais e não formais no processo de avaliação das aprendizagens. Esta é uma das principais conclusões retirada da Assembleia de Estudantes de Vila Nova de Famalicão, que decorreu no passado dia 5 de julho, no Auditório do Agrupamento de Escolas de Camilo Castelo Branco, e que reuniu os alunos do 3º ciclo e ensino secundário dos estabelecimentos de ensino do concelho.
De acordo com os jovens estudantes, “o perfil do aluno do século XXI: criativo, interventivo, participativo, autónomo, com espírito critico e responsável, não se compactua com os currículos extensos, pouco objetivos e em que não há uma integração de saberes”. Assim, os estudantes defendem que deveria haver uma maior preocupação das Escolas em conseguir integrar as competências transversais que são desenvolvidas pelos estudantes através da sua participação em projetos ou clubes dentro e fora da escola. Da mesma forma, também foram unânimes em referir que o processo de avaliação deve ser cada vez mais formativo e não estar apenas dependente dos resultados dos testes.
A Assembleia de Estudantes decorreu durante todo o dia e contou com a presença do presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, e dos vereadores do município Leonel Rocha, responsável pelos pelouro do Conhecimento e Empreendedorismo, e Sofia Fernandes, responsável pelos pelouros da Família, Juventude, Mobilidade e Saúde Pública.
Para Paulo Cunha, os estudantes devem assumir um papel interventivo, ativo e colaborativo na defesa de uma Educação dirigida aos seus interesses.